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CONTRAOFACILITISMO

Blog para debater ideias que recusem o facilitismo em educação.

CONTRAOFACILITISMO

Blog para debater ideias que recusem o facilitismo em educação.

Sobre o fim das disciplimnas de estudo acompanhado e área de projecto

vai-teaosprofessores, 27.10.10

Esta medida justifica-se do meu ponto de vista porque não estavam, as ditas disciplinas, a produzir resultados, pelo menos é essa a minha percepção. Mas daí a extinguir-se, quando há áreas decisivas que precisam de novas estratégias como português e matemática, já me parece demais e economicista, podendo-se, direi mais ... devendo-se, voltar a criar bolsas de horas de apoio para os alunos com dificuldades, centradas nas tais áreas decisivas nos primeiros anos de escolaridade, como é o caso de português e matemática.

Este é o caminho não facilitista, reconhecer os problemas precocemente e procurar soluções paea os resolver, mesmo que custem dinheiro, evitando-se varrer os problemas para debaixo do tapete, ou seja, arranjar estratagemas para os alunos passarem...Esta sim seria um contributo para criar igualdades de oportunidades e para a defesa da escola pública para todos.

A crise e a educação: mais dificuldades para a escola pública.

vai-teaosprofessores, 20.10.10

Os cortes no OGE vão ter impacto na educação, assim como a subida do desemprego. De facto uma parte da população estudantil vai passar a alimentar-se mal e naturalmente a sua atenção e concentração vai diminuir o que fará aumentar o insucesso escolar, em consequência da descida de algumas prestações sociais. Uma forma de esconder isto é facilitar as passagens, para que as estatísticas «dizerem» que está tudo na mesma ou melhor... Estas são medidas indirectas.

Mas também há medidas directas como a extinção das áreas de projecto e estudo acompanhado, que permite poupar cerca de 10% na contratação de professores dos ensinos do 1º ao 3º ciclo. Confesso que não sei para que estas disciplinas servem, pois a minha filha chega com trabalhos para fazer em casa, depois de ter estudo acompanhado e passar o dia na escola (a chamada escola a tempo inteiro)! Bom adiante, haverá então cortes na escola pública, que se forem usados para reforçar a alimentação poderá fazer algum sentido, mas duvido porque quem paga os professores é o ministério e a alimentação as câmaras municipais e ainda não há telefone vermelho entre as duas entidades ...

Se isto não é piorar a escola pública, com alunos mal alimentados e sem apoios, porque as tais disciplinas fazem toda a diferença para os alunos com dificuldade, o que será?

De facto como os rankings nos têm mostrado as escolas públicas têm vindo a descer lugares no ranking nacional após 2005, quando o discurso governamental se centra na defesa da escola pública. Estas estatísticas escaparam ao controlo da máquina do ministério e levaram o Marcelo a perceber as consequências desastrosas para a escola pública da passagem da Lurdinhas pelo ministério, agravamento das condições de trabalho dos professores com mais horas na escola, desmotivação dos professores e afinal quem paga tudo isto, os alunos como os rankings nos dizem... e assim vai a escola pública pela mão do Sócrates e seu governo PS.

Novo ano nova oprtunidade perdida.

vai-teaosprofessores, 13.10.10

Acabei de ler um livro do Krugman em que defendia o caracter decisivo das políticas ( governamentais ) nos acontecimentos económicos, pondo em causa a importância do mercado como explicação para os resultados económicos alcançados. Outro exemplo que se pode dar é o Brasil de Lula que quebrou o circulo vicioso da dependência do FMI e iniciou a construção de um mercado interno forte alicerçado no combate à pobreza com a sua política económica de promoção da igualdade.

Ora, vem isto a propósito da minha escola ter subido o peso da avaliação nos cursos gerais de 70% para 80%, mantendo os anteriores 60% nos cursos profissionais. Esta política educativa a nível de escola deu um sinal positivo para os cursos gerais de que é preciso estudar, enquanto que para os cursos profissionais continuamos a dizer que basta estudar para oito e portarem-se bem para passarem. Este sinal é negativo e promove o não empenhamento dos alunos no domínio das matérias.

Não sei se é este tipo de truques que a Lurdinhas, que deu hoje uma entrevista ao JN, defende quando diz que é preciso arranjar mecanismos para não haver reprovações! Isto continua a ser facilitismo, porque os alunos são estimulados a fazer o mínimo e a terem uma postura não conflituosa, mesmo que seja alheada das matérias. Desde cedo formamos futuros trabalhadores que fingem que trabalham, mas nada fazem e que no ensino secundário foram recompensados por terem tido esta postura.