Os cortes no OGE vão ter impacto na educação, assim como a subida do desemprego. De facto uma parte da população estudantil vai passar a alimentar-se mal e naturalmente a sua atenção e concentração vai diminuir o que fará aumentar o insucesso escolar, em consequência da descida de algumas prestações sociais. Uma forma de esconder isto é facilitar as passagens, para que as estatísticas «dizerem» que está tudo na mesma ou melhor... Estas são medidas indirectas.
Mas também há medidas directas como a extinção das áreas de projecto e estudo acompanhado, que permite poupar cerca de 10% na contratação de professores dos ensinos do 1º ao 3º ciclo. Confesso que não sei para que estas disciplinas servem, pois a minha filha chega com trabalhos para fazer em casa, depois de ter estudo acompanhado e passar o dia na escola (a chamada escola a tempo inteiro)! Bom adiante, haverá então cortes na escola pública, que se forem usados para reforçar a alimentação poderá fazer algum sentido, mas duvido porque quem paga os professores é o ministério e a alimentação as câmaras municipais e ainda não há telefone vermelho entre as duas entidades ...
Se isto não é piorar a escola pública, com alunos mal alimentados e sem apoios, porque as tais disciplinas fazem toda a diferença para os alunos com dificuldade, o que será?
De facto como os rankings nos têm mostrado as escolas públicas têm vindo a descer lugares no ranking nacional após 2005, quando o discurso governamental se centra na defesa da escola pública. Estas estatísticas escaparam ao controlo da máquina do ministério e levaram o Marcelo a perceber as consequências desastrosas para a escola pública da passagem da Lurdinhas pelo ministério, agravamento das condições de trabalho dos professores com mais horas na escola, desmotivação dos professores e afinal quem paga tudo isto, os alunos como os rankings nos dizem... e assim vai a escola pública pela mão do Sócrates e seu governo PS.