A manipulação das Novas Oportunidades
Outro dia estive à conversa com um colega professor das Novas Oportunidades, que me disse que a certificação por experiência de vida é excepcional e que só foi aplicada, a quem o merecia. Ora, contrapuz-lhe que já me vieram pedir para elaborar relatórios temáticos (que recusei e só aceitei corrigi-los e quem me pediu nada mais disse), o que prova que não há controlo sobre o que é apresentado, o que ele reconheceu, mas insistiu em que há casos que se justifica o reconhecimento da carreira profisional. Assim, o modelo é adequado a certas pessoas, mas é aplicado sem controlo sobre as prestações dos alunos, o que abre a porta ao facilitismo.
Por outro lado vi na televisão uma aluna que estava desiludida por ninguém reconhecer a formação que estava a fazer e que em termos de mercado de trabalho nada vale. É esta a questão, a sociedade não reconhece na prática o esforço feito, admitindo que houve efectivamente esforço. Este não reconhecimento é sociológico e independente da certificação que é dada pelo governo.