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CONTRAOFACILITISMO

Blog para debater ideias que recusem o facilitismo em educação.

CONTRAOFACILITISMO

Blog para debater ideias que recusem o facilitismo em educação.

A preocupação com a disciplina chegou à direção

vai-teaosprofessores, 25.01.12

Vamos ter hoje na minha escola reuniões de partilha, ou seja de professores a partilhar experiências, que têm como tema reforçar a disciplina na sala de aula e fazer os alunos efetivamente trabalhar.

Parabéns Sr. diretor por ir no bom sentido, pois efetivamente esta é para mim a questão central a debater. Durante muitos anos as teorias do "eduquês" tiveram aceitação nos órgãos da escola (liderada por si desde à vários anos) que levaram aos critérios de avaliação com menos peso na parte escolar e mais peso das atitudes, ao desculpar dos casos de não empenho, por serem caos especiais (do âmbito da psicologia?) a compreender, que se tornaram a regra, pois transmitiram ao aluno uma impunidade, traduzida em notas inflacionadas e falta de firmeza com a indisciplina. Tudo isto, acima de tudo traduziu-se em fracos resultados na avaliação de exames quando os alunos os fazem, com honrosas excepções.

Saúdo, pois, o início de um novo paradigma baseado na disciplina e na compensação do trabalho, sabendo que mudar mentalidades não é fácil desejo-lhe perseverança. Espero que esteja à altura das resistências que vai encontrar. 

De fato um dos maiores desafios na sala de aula é pôr os alunos a trabalhar. Para isso é preciso ser-se intolerante com a disciplina, não podendo os alunos comportarem-se na sala como no recreio, isto é estão para trabalhar e devem trabalhar em ambiente propício. Para fazê-los trabalhar, 10% da classificação terá a ver com o empenho e avalio se os alunos fizeram o que mandei fazer. Hoje, verifiquei nos cadernos se os alunos tinham todos feito os exercícios do final do capítulo, depois de ter dado metade das 3 últimas aulas para realizarem esta tarefa. Fazendo isto com regularidade ainda parecem alunos sem terem nada feito...Mas reconheço que o número de alunos que não trabalham tem vindo a diminuir, logo o método tem dado resultado.

Uma atitude mais pró-ativa do professor para fazer os alunos trabalhar exige mais empenho e trabalho ao professor, tem mais trabalhos para ver, em contraste com o deixa andar e está tudo bem quando todos passam e depois, têm-se desilusões com as notas dos exames ...

As faltas dos alunos e o facilitismo

vai-teaosprofessores, 18.01.12

Tenho atualmente 2 alunos que atingiram o limite de faltas, principalmente por atrasos. Mais uma vez este fato é reflexo de uma visão do predomínio dos direitos sobre os deveres, ou seja de uma visão facilitista da vida. Além disso, os alunos deram 12 faltas quase todas pelos mesmos motivos e não mudaram de comportamento. Ou seja, a sanção quando é inóqua não altera os comportamentos. Chegaram às dez faltas e aí começaram a preocupar-se, mas a inércia de comportamento levou-os a dar mais duas faltas.

Já me disseram que a culpa é minha que sou o único que marco faltas de atraso, acima dos 5 minutos de tolerância e acima dos 10 minutos quando a aula é ao 1º tempo da manhã ou da tarde. Sei que isto não é verdade que pelo menos mais 2 professoresseguem a mesma política de responsabilização dos atos. 

Estes alunos têm agora de se sujeitar a um plano de recuperação, mas o CT só lhes deverá, na minha opinião, dar uma folga de 2 a 3 faltas, que deverão ser perdoadas em contrapartida do plano a ser cumprido com sucesso. Pedagogicamento dá.se mais uma hipótese de os alunos cumprirem as suas obrigações, mas esta deverá ser a última.Senão o professor não tem autoridade...