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CONTRAOFACILITISMO

Blog para debater ideias que recusem o facilitismo em educação.

CONTRAOFACILITISMO

Blog para debater ideias que recusem o facilitismo em educação.

O novo modelo de gestão das escolas

vai-teaosprofessores, 15.02.12

Do que li da proposta só há um ponto positivo a eleição pelos pares dos responsáveis dos departamentos. Também é positiva a avaliação da gestão pelos conselhos gerais, ainda que preferisse a democracia direta e eleição do diretor, controlado por um conselho pedagógica com maior participação da comunidade escolar. Há de fato aqui perdas de poder importantes dos diretores que podem equilibrar as relações de poder nas escolas, evitando os abusos dos diretores.

Resultados da avaliação interna

vai-teaosprofessores, 08.02.12

A escola publicou hoje os resultados da avaliação interna referentes ao 1º período.

Na turma do 12º ano economia C tenho 38% de negativas, contra 20% em matemática e 0% em geografia C. Em relação a matemática, como a turma está expurgada das anulações de matrícula, os resultados são menores. Já em relação a geografia C, as diferenças poderam ter a ver com o grau de exigência.

Na turma do 11º ano, a percentagem de negativas atingiu 48%. Fui professor desta turma por imposição da direção para resolver as situações de indisciplina. Estes resultados são ligeiramente melhores que matemática e para a matéria mais difícil do biénio, a contabilidade nacional e a balança de pagamentos.

De qualquer maneira em ambas as turmas nota-se alunos com dificuldades em economia e matemática, em percentagem bem elevada, não tendo os alunos consciência na altura da matrícula da exigência desta área em termos de matemática. Este fato devia levar a melhor esclarecimento da exigência dos cursos em certas disciplinas como matemática.

Como já expliquei sou contraofacilitismo e os resultados provam esta minha filosofia. Mas os alunos com positiva normalmente não têm surpresas na avaliação externa, leia-se exames nacionais, onde as notas não são muito dispares das da classificação interna. Portanto comigo os encarregados de educação têm uma visão mais real sobre os resultados em exame e esta frontalidade não se coaduna com o facilitismo, mesmo que me custem algumas tensões com alguns encarregados de educação.

Discussão amigável com o diretor

vai-teaosprofessores, 01.02.12

Na passada semana encontrei o diretor na casa de banho e iniciámos uma discussão amigável sobre os maus resultados da escola na avaliação externa. Tudo isto a propósito da iniciativa do diretor pôr os professores a discutir a necessidade de colocar a sala de aula no centro das medidas para se alterarem os resultados.

Concordo que muita coisa passa pela sala de aula, mas o que se passa na sala de aula também reflete outras variáveis a ter em conta, e na minha opinião antes de tudo o peso na avaliação da componente relativa aos conhecimentos que está baixa e permite aos alunos passarem com 8 nos textes, conforme tenho vindo a defender neste blog. Esta questão da avaliação cria expetativas que influenciam o comportamento de alunos, professores e pais ao transmitir à comunidade escolar maior rigor. O diretor não concorda e acredita que basta o esforço na sala de aula, teriamos aí uma discordância da ordem dos 20%. Eu acho que a diferença não é só de 20% porque para quebrar a atual dinâmica nas salas de aula e para levarem os alunos a empenharem-se mais é crucial mexermos na avaliação.

Outro instrumento que a escola tem para alterar os resultados é a gestão na escola da avaliação de professores avaliando com as melhores notas não os professores que todos passam, mas os professores que têm os melhores resultados nas avaliações externas.

Concluindo, se acho que o que se passa na sala de aula é decisivo, para mudar mentalidades é necessário intervir ao nível da AVALIAÇÃO dos ALUNOS E PROFESSORES. Ou seja, teriamos uma discordância de 50 a 60% na fase de se inverterem comportamentos e de quebrar a inércia que leva aos maus resultados.