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CONTRAOFACILITISMO

Blog para debater ideias que recusem o facilitismo em educação.

CONTRAOFACILITISMO

Blog para debater ideias que recusem o facilitismo em educação.

Exames nacionais

vai-teaosprofessores, 30.05.12

Os exames estão à porta e continuo a ter alunos muito desinteressados.

Hoje mostrei aos alunos perguntas do exame da época passada, a resposta dada por colegas e quais os critérios de correção propostos pelo Gave, para os alunos terem consciência de qual a melhor resposta a dar.

Claro que em vez deste treino específico de como responder nos exames nacionais, as perguntas de interpretação de textos e de leitura de gráficos, deviam aparecer associadas a teorias económicas, o que nem sempre acontece. Quando acontece a parte teórica vale somente 3 pontos em 20. Ora estou completamente em desacordo com este tipo de perguntas, que levam ao tal treino específico para os exames...

Esta é a realidade e a melhor forma de lidar com ela é prevenir os alunos para os critérios de correção.

Por sua vez o Gave insiste neste tipo de perguntas, dando formação para formatar as correções exigidas, em vez de melhorar as perguntas. Além disso estas intruções são contraditórias com os critérios específicos, onde se considera cada descritor como certo, errado ou incompleto, achando eu que se deveria somente considerar certo ou errado, para perguntas que encerram textos ou gráficos que têm as respostas, devendo o aluno só explicitá-las.

Em vez de formatarem corretores, os srs. do Gave deviam pedir aos zecos opinião do que deveria ser o exame! Alguns de nós têm experiência de décadas, apesar de nem todos terem formação universitária além da licenciatura. Mas também os há com mestrados, pelo que estes, na vossa lógica, devereiam ser ouvidos! Ou além de desvalorizarem a experiência também desvalorização as graduações universitárias com lógicas diferentes das vossas?

«Olhos nos olhos» sobre educação.

vai-teaosprofessores, 23.05.12

Uma colega de português foi chamada ao programa da TVI para falar sobre educação.

A sua 1ª mensagens tem a ver com a questão de quais as suas credenciais académicas, que por não ter mestrado é desvalorizada no MEC.

Somos os zecos que não têm opinião fundamentada por não sermos certificados com nível superior à licenciatura. De nada servem os anos de experiência e dedicação ao ensino.

A segunda ideia foi a inversão do tipo de ensino exigido para ser-se professor, de uma lógica de formação científica seguida de um complemento em pedadogia, didática, psicologia e sociologia, passou-se para o contrário, o professor tem uma formação sólida em pedagogia e afins e uma formação complementar na área científica...

Também foi positiva a explicação dada por os professores terem rejeitado a anterior avaliação, nomeadamente o peso dado às novas tecnologias nessa avaliação. Ainda que não tenha sido apresentada uma visão global dessa avaliação, que na minha opinião era extremamente burocrática e exigia um tempo de trefas administrativas e burocráticas que afastava o professor do essencial, prepara as aulas.

Foi ainda focado o estatuto do aluno que ainda não mudou, questão que tem a ver com com a indisciplina nas escolas.

EStes pareceram-me os pontos relavantes focados.



Perto dos exames a maturidade chega a alguns...

vai-teaosprofessores, 09.05.12

Estamos a cerca de um mês dos exames nacionais e noto que alguns alunos mudaram de atitude, como deixarem de se sentar ao pé de colegas pouco trabalhadores e sentarem-se ao pé de quem sempre trabalhou. A maturidade chegou a esses alunos. Mas infelizmente são casos excecionais. Felizmente vão acontecendo, principalmente no 12º ano, enquanto no 11º ainda não notei mudanças de atitude.

Continua a notar-se é uma ânsia de tirar boas notas, muitas vezes com apoio da família, traduzida em pressões sobre os professores e até de ameaças com recursos. Pondo de lado que poderão haver razões objetivas para haver esses recursos, o que noto é que a pressão das famílias é sobre a excola e desresponsabilizando os educandos. "A culpa nunca será dos nossos filhos, mas da escola, do sistema, ou do professor A ou B". Ora esta mentalidade não ajuda a chegar a maturidade às vossas «criancinhas».