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CONTRAOFACILITISMO

Blog para debater ideias que recusem o facilitismo em educação.

CONTRAOFACILITISMO

Blog para debater ideias que recusem o facilitismo em educação.

A via neoliberal na educação

vai-teaosprofessores, 29.11.12

O 1º, Passos acelerados para o neoliberalismo, anunciou ontem que a constituição dá abertura para haver um (co)pagamento deste serviço público pelos seus utentes. Como previa, este governo à boleia da austeridade vai impondo a sua agenda neoliberal. Assim, além do aumento da carga horária dos professores, à boleia do acordo com os médicos - que obtiveram também ganhos salariais-, está também em cima da mesa uma propina para o ensino obrigatório, como se subentende das palavras ditas pelo nosso 1º (carrasco).

A agenda neoliberal é clara, passa por fazer pagar o bom ensino, para que haja reprodução das classes sociais, admitindo-se na margem do sistema, ensino gratuito, para quem se candidate ao cursos profissionais, isto é, para quem não tenha ambição de utilizar o ensino como forma de ascensão social, que é a função do ensino gratuito para todos.

 

Atenção à procura de dsipedimentos via processos disciplinares

vai-teaosprofessores, 27.11.12

Têm vindo a público nos diversos blogs de educação, uma orientação sigilosa de procurar todos os pretextos para despedir professores através de processos disciplinares, nomeadamente através de situações de conflito professor / alunos na sala de aula. Há um relato de uma professora que foi precionada pela direção a dizer que bateu nos alunos, quando afirma que é uma cabala de alunos, que foram mandados sair da sala.

Há ainda acções de formação no âmbito das DREs, não destinadas a diretores, com vista a avançar com processos disciplinares a professores com problemas de relacionamento com alunos.

Tudo isto vai contra o novo estatuto do aluno que pretendia reforçar o papel do professor como autoridade na sala de aula. A questão de ter os professores domesticados e despedir alguns parece ter ganho protagonismo, neste período que atravessamos. Claro sem prejuízo, de também achar que há maus professores e não ser admissível que um professor bata nos alunos ou perca a postura que se lhe exige.

DO CUSTO DO ENSINO PÚBLICO À REDUÇÃO DE PROFESSORES

vai-teaosprofessores, 22.11.12

As notícias da semana são sem dúvida a notícia que o ensino público é mais barato que o privado no ensino básico, onde existem mais contratos de associação. Daqui decorre mais uma revisão dos custos das parcerias público privadas a nível de ensino, se o governo for forte e não se deixar enredar pelas teias da ideologia e apoiar o privado só porque é privado.

Outra notícia é o aumento das horas de trabalho dos funcionários públicos, que no caso dos professores, se aumentarem mais duas horas no tempo letivo, significa mais uma redução de professores de cerca de 1/11, valor próximo dos 10%, ou seja corre-se o risco de um em cada dez ficar sem emprego e ir para a mobilidade, uma vez que os horários zero devem acabar.

Esta é a minha previsão, que pode ser contrariada pela mobilização, fazendo cair o aumento do período de trabalho no tempo não letivo.

Tudo isto tem um traço comum, cortar as despesas com o ensino...

 

A socialização faz parte da escola.

vai-teaosprofessores, 15.11.12

Tenho uma turma dos profissionais que não gosta de cumprir horários e fazem gala de chegar atrasados 15 a 20 minutos. Durante a resolução de problemas, o aluno que vai ao quadro sujeita-se a ficar sem os seus materiais. Em conclusão só querem brincar e não aprender, mas nos cursos profissionais é suposto também aprenderem, ainda que matérias mais práticas.

Claro que comigo esta posturas dá problemas, os alunos atrasados têm falta e quem eu apanhe a bricar fica com falta disciplinar e abandona a sala para podermos trabalhar. Um destes dias um aluno no quadro não estava concentrado porque estava preocupado com os seus pertences, o que torna redundante a sua ida ao quadro para poder aprender.

Mas os alunos ainda esticaram mais a corda, combinaram, não se preocupando com o fato de estar a ouvir, só virem para a aula passada meia hora. Claro que não esperei por eles, marquei falta a todos ao fim de 15 minutos. Quando me ia embora encontrei-os na zona do bar e perguntei se queriam ter aula, compensando o tempo perdido ficando na sala no intervalo. Não quiseram, alegaram que seria melhor faltarem aos dois tempos, para poderem justificar a falta.

No tempo seguinte, cumpriram a sua estratégia e continuei sem alunos. A funcionária queria marcar-me falta, pelo que me dirigi ao diretor e expus a situação, tendo ele aceite que sumariasse, sem matéria, e que se convocassem os pais dos alunos.

Nesta situação o facilitismo não triunfou, porque tiveram um professor que os enfrentou e um diretor que agiu corretamente. Mas pergunto-me, sendo eles alunos do 12º ano, como chegaram a este ponto?

O concurso extraordinário de professores

vai-teaosprofessores, 08.11.12

Estamos perante mais um flop deste governo em resolver situações de injustiça na educação, nomeadamente na contratação de professores. Não percebo a dificuldade em vincular os professores contratados que sempre estiveram a trabalhar e há longos ano. Não é um problema de verba, pois se esses professores trabalham e sempre trabalharam, é somente integrá-los no quadro das necessidades permanentes, mas querem fazê-lo impondo-lhes ainda mais sacrifícios como a obrigatoriedade de concorrerem a nível nacional.

A lógica é esta, a troika impõe-nos sacrifícios injustos, logo também temos de conseguir ter professores em todo o lado, mesmo que sejam os até agora contratados a terem de os suportar...

Estamos, pois, a pedir mais sacrifícios (familiares) a quem já está a receber menos...

São estas injustiças que vão enchendo o saco do povo e qualquer dia explode...

É fácil (logo facilitismo) ser forte comos fracos, neste caso, com os que têm empregos instáveis, impondo-lhes mais sacrifícios...