O relatório do FMI com as medidas para cortar 4.000 milhões, coloca como alvo a educação. Para além de dados estatísticos contraditórios, mostrados na educação do meu umbigo do colega Guinote, traduz as teses neoliberais que o governo procura legitimar com um relatório técnico externo. Ora um trabalho técnico com dados contraditórios perde credibilidade. Depois, é um truque de baixa política tentar legitimar a política com relatórios externos, como já aconteceu no tempo da famigerada MLR com os relatórios à OCDE.
Mas desta vez, não estamos perante um "vai-teaosprofessores" mas perante uma mudança de paradigma de ensino, isto é, passar-se na lógica do ensino como direito para todos, para a lógica do ensino elitista, só há ensino para os que podem pagar, pois uma redução de 50.000 pessoas no ensino, entre funcionários e professores, significa o fim do ensino público de qualidade, o fim da escola para todos, ou seja turmas maiores, mais horas de trabalho, logo mais cansaço dos recursos humanos, concluindo vai favorecer quem tem recursos monetários e capital cultural.
Como diz o PS o governo não tem mandadto para isto, pois ultrapassa o memorando de entendimento.