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CONTRAOFACILITISMO

Blog para debater ideias que recusem o facilitismo em educação.

CONTRAOFACILITISMO

Blog para debater ideias que recusem o facilitismo em educação.

Relatório de avaliação da formação

vai-teaosprofessores, 27.05.15

Razões justificativas para a participação no Círculo de Estudos

Nos últimos anos a indisciplina tem aumento na minha sala de aula. Tenho a sensação que tal se deve à crise, mas também à escolaridade obrigatória. Na crise refiro-me ao seu impacto sobre as famílias, provocando desestruturações com reflexo nos membros em idade escolar, mas também à desmotivação que a mesma provocou nos estudos como meio de se alcançar um emprego estável. Na verdade todos nós conhecemos licenciados a trabalhar nos supermercados, a fazer limpezas e a ter outras ocupações que nada têm a ver com a área que escolheram. A escolaridade obrigatória fez com que cada vez mais alunos fossem obrigados a frequentar a escola contra a sua vontade, pelo que principalmente nos cursos profissionais há alunos que só marcam presença, sem se empenharem, à espera de atingirem os 18 anos para saírem do ensino, o que cria cada vez mais problemas na sala de aula. Tenho uma turma que começou com 30 alunos, agora tem 12 a frequentar e penso que para o ano terá 8 a 10 alunos.

Face ao aumento da indisciplina como reagir? É a esta pergunta que me motivou a partilhar com colegas troca de experiências e a reflectir sobre este fenómeno que ganha maior dimensão nas escolas.

 Resumo das conclusões com repercussão na sua prática pedagógica

Fiquei com a ideia de que a minha visão sobre a indisciplina é partilhada com a maioria dos colegas e que as turmas onde tive mais problemas, são também turmas com problemas disciplinares com outros professores. A principal conclusão é que uma turma indisciplinada tem um ambiente menos propício ao trabalho na sala de aula, pelo que é importante resolver os problemas de indisciplina. Vi confirmada a necessidade de atuação em casos de «bulling», mas também no combate ao uso de alcunhas com um certo teor pejorativo, que em geral os alunos acham natural, incluindo as vítimas.

Acho que tenho de mudar de atitude em relação aos alunos que não trabalham na sala de aula e perturbam as aulas. Até agora resolvia estas situações através da avaliação, com os outros critérios. Mas esta atuação só tem efeito visível a médio prazo, com o fim dos módulos ou no fim dos períodos. Outros colegas atuam no imediato mandando tais alunos para a pedagogia, o que penso que terá mais impacto na mudança de atitude de tais alunos, bem como no facilitar o conhecimento dos encarregados de educação.

 

 

Apreciação global do Círculo de Estudos (pontos fortes/fracos a salientar)

O círculo de estudos surgiu numa fase pessoal em que tinha dúvidas em relação a alguns procedimentos que tinha em relação à (in)disciplina e serviu para através de uma reflexão conjunta consolidar alguns procedimentos que tinha e, por outro lado, modificar alguns outros procedimentos. Principalmente ganhei uma maior confiança em relação às atitudes que devo tomar com os casos da indisciplina. Assim o balanço é francamente positivo sob o ponto de vista do critério da sua utilidade.

O ponto forte deste círculo de estudos foi a sua utilidade e a troca de experiências. Outro ponto forte foi termos ficado com uma ideia da real dimensão do problema da indisciplina na escola. Foi também um ponto forte a participação de todos no debate, o que permitiu o enriquecimento do mesmo.

Apesar de ter sido introduzida na reflexão alguma teoria, acho que teria sido importante esta ter estado mais presente, talvez com a distribuição aos participantes de alguns textos sobre o tema. Ou seja, a análise foi mais prática com défice de orientação teórica.

A propósito dos incidentes com os adeptos do Benfica

vai-teaosprofessores, 19.05.15

Não venho discutir futebol, mas o comportamento das pessoas. Também não me interessa analisar quem tem razão. 

Em vários filmes já apareceu a ideia de que quem quer passar despercebido não pode usar gadgets com novas tecnologias. Quem as usa ou faz compras com os seus cartões pode ser facilmente rastreado.

Ora, os acontecimentos deste fim de semana mostram que quem se apropria de material alheio (os assaltantes do armazém do vitória) aparece nas redes sociais e pode ser acusado criminalmente.

O polícia que usa a força excessiva ou faz gestos obcenos para os manifestantes também aparecem na comunicação social e foram objecto de inquéritos disciplinares e criminais.

Em face disto é fundamental termos sempre comportamentos adequados, e que com as novas tecnologias a impunidade deixa de existir, ou pelo menos tende a ser residual. Tudo isto torna os nossos comportamentos em público facilmente escrutináveis.

Algo que envergonha a classe de professores

vai-teaosprofessores, 12.05.15

Tive conhecimento nos últimos dias de duas situações que envergonham a classe docente.

Uma delas, um professor ajudou os alunos nos testes para não haver negativas. Isto é uma violação muito grave da deontologia profissional de um professor, que deve ser isento durante a avaliação, além de que desvirtua a justiça que deve haver na atribuição de notas. Não há código de ética profissional, mas se houvesse esta seria uma situação que dele devia constar.

A outra situação é menos grave, mas encerra um incentivo à indisciplina. Ouvi alunos a gabarem-se de jogar às cartas numa sala de aula. Entendo que em certas alturas do ano temos de encher as aulas com alguma coisa, nestas alturas cumpro o projeto educativo, ou o PEST, ou projeto um filme. Mas em caso algum deixo jogar na sala de aula, salvo se o fazem às escondidas.

Em homenagem ao umbigo (Guinote).

vai-teaosprofessores, 04.05.15

Depois das férias da Páscoa o Guinote/(Fafe) deixou de publicar o seu blogue, sem muitas explicações. Hoje quero homenagear este colega e o seu esforço com o blogue, que foi muito útil aos professores, quer nas lutas, quer no debate de ideias, para mim principalmente este último.

Ainda aguardei um mês na esperança de que o blogue fosse retomado, mas agora convenço-me de que partiu de vez. Ainda que continue a acompanhar os artigos do Paulo no Público.

Este blogue nasceu inspirado no do colega Guinote, onde também publiquei alguns postes, devido à maior audiência. Mais uma vez o meu obrigado. Quando o comecei frequentava um mestrado, que também me motivou a escrever sobre educação. 

O meu projeto inicial era ter um blogue com mais colaboradores, o que não foi possível.

Aqui fica a minha homenagem ao blogue do Guinote.