Ensino público versus privado: a disciplina e as faltas.
Das minhas leituras da semana quero destacar o post do Guinote sobre as diferenças entre o público e o privado, que vai de encontro à minha opinião, de que é na questão disciplinar que está sobretudo a diferença, sabendo, em geral, as escolas privadas tratar o problema com mais eficiência.
De facto muitas escolas públicas não têm processos expeditos de lidar com a indisciplina, além de serem muito burocatrizados. Por exemplo em escola anterior, havia uma sala para onde eram enviados os alunos que fossem mandados sair das aulas e automaticamente se procedia à audição do aluno. Na minha atual escola, manda-se o aluno para a biblioteca e comunica-se à diretora de turma. Acho que estes alunos deveriam ir para a direção onde se faria uma triagem, enviando-se os alunos para a biblioteca ou mesmo para a sala nos casos não tão graves e atuava-se logo, com medidas disciplinares da competência do diretor, nos casos graves, como julgo que se fará num colégio.
Outra diferença entre escolas é como se trata o absentismo dos estudantes às aulas. Em geral as situações de alunos atrasados devem ser logo comunicadas aos pais e alunos com faltas injustificadas deviam recuperá-las na escola. Na atual escola noto uma menor preocupação com as faltas dos alunos e só se atua nos casos graves. Claro que há colegas que comunicam logo com os pais as ocorrências e outros que não o fazem, mas num colégio que conheço telefona-se logo se chegam atrasados ou se as faltas não são justificadas, além de que os atrasados antes de irem para as aulas passam pela direção.
Concluindo o ensino público pode ir buscar elementos organizativos às escolas privadas como nos casos da indisciplina e do absentismo às aulas, que permitam melhorar o tempo de reação aos incidentes e atuar com eficácia e apoio dos encarregados de educação. Haja para isso sensibilidade dos diretores por estes assuntos em vez de, por exemplo, se empenharem na escolha dos professores a lecionar nas suas escolas.