Aparentemente há um debate público sobre indisciplina
Por estes dias os blogs têm vindo a debater a indisciplina e aqui neste blog por várias vezes já abordamos este assunto.
Começando por baixo cabe aos professores garantirem o bom funcionamento das aulas, intervindo em todos os casos no âmbito disciplinar e impondo as regras de bom funcionamento das salas de aula. Nem todos o fazem, ainda este ano um colega me confessava que em relação a uma turma já tinha desistido de os colocar na ordem. Isto é péssimo pois os outros professores terão mais dificuldades em lidar com estes alunos que têm maus hábitos enraizados.
Depois há aquelas situações em que o professor cumpre o seu papel mas o diretor de turma desvaloriza e o caso fica sem efeito, às vezes com um mero raspanete. O professor disciplinador sai enfraquecido.
Mas quando o DT apoia o professor pode esbarrar na direção que entende nada fazer, nem sequer chama o aluno, porque considera o incidente pouco significativo.
Nesta cadeia é importante todos os elos terem uma postura de empenho no combate à indisciplina, o que nem sempre acontece. Quando o professor facilita, o caso restringe-se a uma aula, ainda que possa transbordar para outras disciplinas. Quando é o DT é toda uma turma que pode entrar em roda livre, quando este «deixar andar» atinge a direção é toda uma escola que passa a ter problemas de indisciplina.
Por fim referir que é oportuno avaliar a lei sobre o estatuto do aluno e aumentar o poder dos professores e introduzir processos mais expeditos no tratamento da indisciplina e a permissão de outras medidas disciplinares que não a suspensão da ida à escola. O trabalho comunitário é muito pouco aplicado.
Por fim lembrar que a resolução destes problema também passa pelas famílias em muitas situações, o que parece estar a ser contrariado com a ideia da escola como substituto da família e depósito de jovens, o que leva certos pais a desligarem da educação dos filhos e a atribuir os problemas dos seus educandos na totalidade à escola, o que mais não é do que desresponsabilizarem-se.