A questão dos colégios privados e os contratos de associação
Sou a favor de uma separação clara entre o público e o privado, no ensino, na saúde, onde quer que seja. Da mesma maneira que não faz sentido um médico para tratar convenientemente um doente mandá-lo ir ao seu consultório privado, não faz sentido um professor dedicar-se mais a certos alunos só porque são seus explicandos e o Estado pagar a colégios quando tem instalações disponíveis no público numa certa localidade.
Esta clarificação entre privado e público que este governo pretende implementar provocou reações ferozes dos colégios, quando vem clarificar as regras, como os colégios só poderem ser financiados se não houver oferta pública e não se aplicar a alunos que vivam a mais do que uma certa distância dos colégios com turmas subsidiadas.
Se no início critiquei o orçamento da educação pelo crescimento que as despesas com o privado cresciam enquanto as despesas com a escola pública diminuiam, agora tenho de elogiar esta separação de águas benéfica para o ensino. Acredito que um setor privado é necessário para suprir as lacunas do público, mas com regras claras e sem depender de subsídios públicos, quando estes não fazem sentido.