A questão dos exames e os planos de melhoria
Uma tese de doutoramento da universidade de Aveiro concluiu que os exames favorecem os alunos com capacidade económica para procurar explicações, centros de estudos ou colégios privados, para estarem preparados par esta prova que condiciona o acesso à universidade.
Os alunos sem capacidade económica não usufruem destes apoios, pelo que a escola, não está a criar igualdade de oportunidades, entre os com capacidade económica e os sem capacidade económica para se prepararem para o ingresso no ensino superior.
Este diagnóstico era mais ou menos percetível, mas agora dispomos de um estudo académico que o confirma. O caminho não será tanto de se acabarem com os exames, sem prejuízo de que estes possam ser alterados, mas em criar igualdade de oportunidades nas escolas. Aqui chegados, vamos questionarmo-nos se o plano de melhoria, que as escolas têm vindo a emplementar contribui para esta criação de igualdade de oprtunidades.
Uma das medidas deste plano de melhoria é a coadjuvação que é um passo na direção de criar igualdade de oportunidades, ao permitir um acompanhamento mais individualizado dos alunos. Em primeiro lugar este plano de melhoria trouxe mais recursos humanos às escolas que deles precisavam, em vez de dar créditos horários com base nos bons resultados da era Crato. Contudo, estes recursos foram insuficientes, pelo que se começou a usar os tempos não letivos dos professores para este fim. A melhor solução seria implementar mesmo o desdobramento das turmas, para que estes tempos fossem efetivamente letivos para os professores, proporcionando um ambiente mais adequado à aprendizagem dos alunos (com um máximo de 15 alunos nas turmas desdobradas). Nesta solução reconhece-se que a dimensão das turmas influencia as aprendizagens.
As salas de estudo têm sido uma solução que não tem tido a adesão dos alunos, porque os horários não se adequam aos alunos ou porque quem está disponível não é professor do aluno. Já os apoios direcionados para os alunos em dificuldade, quando dados pelos professores dos alunos têm sido bem frequentados.
Concluindo, deu-se um pequeno passo na criação de igualdade de oportunidades com os planos de melhoria, que significa apoiar os alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem, mas este passo é tímido, devido às condições financeiras do país relacionadas com a escassez destes recursos e a necessidade de controlar o défice, além de que foi feito à custa do aumento da jornada de trabalho dos professores, na maioria das soluções.