A luta dos professores - greve marcada às reuniões de avaliação
Os professores têm sido alvo de ataques que lhes tem minado o seu estatuto social, mesmo quando a sociedade os reconhece como dos mais confiáveis entre os funcionários públicos.
É chegada a hora de termos uma ação que inverta esta perda de estatuto com a greve marcada a partir de dia 18 de junho. Acontece que esta greve é muito cuidadosa, resultado de um certo compremetimento de alguns sindicatos com a geringonça. Ao ser muito cuidadosa é também pouco ambiciosa, porque o conflito quando é justo deve ser a doer. Mas é o que temos e a melhor opção é participarmos ativamente nesta luta.
Se hesitarmos agora sofreremos as consequências por muitos anos. Eu estou à vontade, porque os dois anos para mim serão suficientes para atingir o 10º escalão, mas mesmo assim estou disposto a ir à luta, pela dignificação da minha carreira profissional, porque mesmo reformado continuarei a ser professor com orgulho. Mas, se não conseguirmos agora a melhoria de estatuto ficaremos prisioneiros desta opção de não ter uma luta eficaz, por muitos anos, ficando com um estatuto desvalorizado e com tratamento diferente dos outros funcionários públicos.
Além disso, teremos de considerar que outras profissões têm lutado com sucesso na valorização das suas carreiras, como os médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico. Sigamos os seus exemplos.
A manifestação do passado dia 15 foi um bom prelúdio desta nova luta, que ainda que tímida tem o factor favorável de poder ser abraçada por mais professores, que não gostam de prejudicar os alunos, o que está salvaguardado, com a exclusão da mesma dos anos que têm exames (9, 11 e 12).
É agora ou depois só nos podemos queixar de nós próprios.