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CONTRAOFACILITISMO

Blog para debater ideias que recusem o facilitismo em educação.

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A minha experiência num Pedagógico

vai-teaosprofessores, 12.12.18

O Conselho Pedagógico (CP) é um importante órgão de gestão dentro das escolas na medida em que tem de aprovar muitas das decisões da direção, principalmente as relativas às questões pedagógicas.

Este é o meu segundo ano num pedagógico e nas 12 (contas por alto) reuniões em que já estive presente, algumas (cerca de 1/4) ultrapassaram as 4 horas de reunião, a maioria anda pelas 3 horas e poucas andaram pelas duas horas. As ordem de trabalho ultrapassam sempre 8 pontos e algumas chegam aos 12 pontos. Portanto sempre agendas muito carregadas com pouco tempo para debates.

Poucas vezes tivemos debates interessantes, a maior parte do tempo são aprovados documentos elaborados pela direção sem nosso conhecimento prévio, isto é, temos contacto com o documento na hora e temos de definir uma posição, logo, sobre o mesmo. A excepção são a constituição de secções para o projeto educativo e regulamento interno no próprio CP, onde nos mandam via email as propostas de alteração destes documentos.

As reuniões em que tivemos debates acalorados foi a propósito de um recurso de um aluno sobre uma nota, em que tivemos duas reuniões sobre o tema.

Pontualmente lá temos um assunto em que temos também um debate interessante, normalmente a propósito dos critérios de avaliação. Também debatemos mais demoradamente os resultados do agrupamento após os períodos de avaliação, quer internos quer externos. É por esta ocasião que se debate as causas do insucesso e onde pessoalmente lembro que os alunos/famílias são também um factor explicativo deste insucesso, muitas vezes subalternizado nas análises feitas.

Concluindo, há debates interessantes e pertinentes durante alguns pedagógicos, que justificam o facto de ser conselheiro, mas a maior parte das vezes limitamo-nos a aprovar documentos prévios de que temos conhecimento em cima da hora. Daqui resulta que o modelo tem um funcionamento de  cima para baixo em que cabe aos departamentos apropriar-se do que foi decidido pela direção, havendo muitas poucas situações em que a auscultação do departamento se torna central, o que deveria ser ao contrário.

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